< Voltar

Como ter qualidade de vida na terceira e na quarta idade? 

9 de abril de 2025

Encontro do Despertar para a Saúde teve como tema central o cuidado integral com a pessoa idosa 

A população idosa está crescendo rapidamente no Brasil e no mundo, o que acende o alerta para a qualidade de vida na terceira e quarta idade. Segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 32 milhões de brasileiros têm mais de 60 anos, representando 15,6% da população. Em nível global, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a expectativa é de que uma a cada seis pessoas no mundo terá 60 anos ou mais até 2030. 

Os dados refletem como os avanços da medicina e as mudanças de hábitos permitem que as pessoas vivam mais tempo e com mais qualidade. O bem-estar na terceira e quarta idade é essencial para um envelhecimento ativo e saudável. Hábitos como exercícios físicos, alimentação equilibrada e sono de qualidade, além dos cuidados com a saúde mental, tornam possível manter a autonomia nessa fase da vida. 

O cuidado integral com a pessoa idosa 

A chamada terceira idade é a fase da vida que começa por volta dos 60 anos. Com o aumento da expectativa de vida, já é utilizado o termo quarta idade para denominar a fase que se inicia por volta dos 80 anos. 

Com o objetivo de conscientizar sobre a importância dos hábitos saudáveis para a pessoa idosa, a FUNDAFFEMG realizou no último dia 27 de março, mais uma edição do Despertar para a Saúde. O encontro teve como tema central o cuidado integral na terceira e quarta idade, com apresentação das práticas essenciais para a qualidade de vida nessas fases. 

Exercícios físicos e boa alimentação 

Durante o encontro, foi enfatizada a importância da prática regular de atividades físicas e da alimentação equilibrada para a qualidade de vida da pessoa idosa. Alguns hábitos fortalecem o bem-estar, tais como: 

  • A prática de exercícios como caminhadas, musculação e yoga, ajuda a manter a mobilidade, a força muscular e a saúde cardiovascular; 
  • A alimentação saudável, rica em fibras, proteínas magras, vitaminas e minerais, auxilia na prevenção de doenças e no fortalecimento do sistema imunológico. 

A geriatra da FUNDAFFEMG, Dra. Dóris Nascimento, relaciona a importância da combinação de uma dieta balanceada com a prática regular de exercícios físicos para um envelhecimento ativo e saudável.

“Manter-se em movimento reduz o risco de quedas e fraturas, melhora a disposição e ajuda a preservar a independência funcional do idoso. A prática de exercícios combinada com a alimentação saudável garante o bem-estar durante os anos vividos”. 

Dra. Dóris Nascimento,geriatra da FUNDAFFEMG

Qualidade do sono 

A qualidade do sono desempenha um papel fundamental na saúde e no bem-estar. É nesse período que o organismo realiza processos essenciais, como a regeneração celular, o fortalecimento do sistema imunológico e a consolidação da memória. Entretanto, com o envelhecimento, é comum que haja dificuldade para dormir, impactando na disposição, na cognição e até mesmo aumentando o risco de doenças e quedas. No Despertar para a Saúde, a importância do sono durante a terceira e quarta idade foi reforçada. 

Criar uma rotina de hábitos que respeitem os horários de dormir contribui para um sono mais reparador, como afirma a médica da família da FUNDAFFEMG, Dra. Arianne Vidgal.

“Definir horários para dormir, evitar cafeína à noite e reduzir a exposição a telas antes de deitar são fundamentais para a qualidade do sono”. 

Dra. Arianne Vidgal,médica da família da FUNDAFFEMG

Saúde mental da pessoa idosa 

Manter laços afetivos na terceira e quarta idade fortalece a saúde emocional e previne o isolamento, um dos principais fatores de risco para a depressão nessa fase da vida. O convívio social, seja com familiares, amigos ou grupos de interesse, proporciona momentos de alegria, troca de experiências e apoio emocional. 

Além disso, a estimulação neurológica é um dos pilares para a saúde mental do idoso. Jogos de raciocínio, como palavras cruzadas, xadrez e quebra-cabeças, não apenas exercitam a cognição, mas também melhoram a mobilidade, aumentam a autoestima e previnem o declínio cognitivo, como explica a psicóloga da FUNDAFFEMG, Denise Dutra.

“Aliar atividades neurológicas ao fortalecimento das relações sociais é fundamental para que o idoso se sinta valorizado e integrado, promovendo mais bem-estar nessa fase da vida”. 

Denise Dutra, psicóloga da FUNDAFFEMG

Você é Credenciado(a)?

Clique abaixo e acesse o Boletim “Com Vocë Credenciado”.